"A ficção pode fazer parte da realidade?
O que é imaginação, invenção ou ficção e o que é real nesse tão vasto universo?
Existiriam criaturas de outro mundo capazes de caçar e matar seres humanos por misteriosos motivos?
Quais mistérios ainda habitam a escuridão do universo?"
O Relato a seguir descreve uma dessas misteriosas e aterrorizantes situações!
=================================================================================
Esse relato que vou contar é algo antigo, que está há muito tempo em minha família, e que aconteceu de verdade, não é uma invenção.
Ele foi passado de geração em geração, de pai para filho, e vem da época do avô do meu avô, e que aconteceu no século XIX.
Nós não comentamos essa história fora da família, pois muitos não acreditam, mas o que importa é que foi um fato verídico que ficou registrado nas gerações de minha família, e que será também passado para meus netos e netos deles.
Quando encontrei o site "Além da Imaginação" na internet, resolvi enviar o relato para que ficasse registrado publicamente, e também como forma de homenagear meus antepassados.
Se chama "El Cazador de Hombres".
Minha família é de origem Mexicana.
Pelo que foi me passado pelo meu pai e avô, as memórias vem de um vilarejo, onde a cidade mais próxima era Ocosingo [Coordenadas GPS: Latitude / Longitude = 16°54'26.43"N, 92° 5'36.62"W].
Nesse vilarejo morava meu tataravô e sua família.
Sua família era pobre e sem recursos, como a maioria do povo daquela região, e viviam basicamente da terra.
Eles tinham um sítio, onde havia uma plantação de legumes e também alguns animais, como galinhas, vacas e cabras.
Segundo contava meu avô, eles tinham uma vida tranquila e feliz, embora sem luxo.
Mas tudo começou a mudar quando em uma certa noite, todos do vilarejo viram cruzar o céu uma luz muito forte, a qual aparentou cair nas matas de uma floresta próxima.
Todos se assustaram quando viram aquela luz rasgar o céu em alta velocidade, e aparentemente cair em um local nas imediações.
(Observo que naquela época (século XIX) não haviam aviões e nem tão pouco a modernidade dos dias de hoje, então imagino o espanto que as pessoas do vilarejo tiveram perante aquele avistamento).
Vendo aquele estranho fato, todos se reuniram e resolveram procurar na mata o que poderia ter caído ali.
No dia seguinte, vários homens se reuniram, incluindo meu tataravô, e foram na direção de onde aparentou que aquela estranha luz houvesse caído, que era na floresta próxima.
Todos partiram e seguiram pelas trilhas da região e adentrando na mata para procurar por algo diferente, no entanto de nada adiantou, pois mesmo vasculhando uma grande área nada descobriram de anormal, sendo que voltaram para o vilarejo em seguida, onde contaram para os outros que não havia nada lá na floresta, ficando então o povo mais tranquilo com a notícia, mas ao mesmo tempo curioso sobre o que teria sido aquela estranha luz.
Passado o susto, tudo continuou tranquilo no Vilarejo como era sempre, até que em um certo dia, confome contaram as pessoas envolvidas, um sitiante que morava nas imediações saiu para procurar um novilho que havia se desgarrado do resto do rebanho, e não havia voltado para casa.
A família do sitiante, então preocupada, pediu ajuda aos vizinhos para procurar por ele, pois já havia anoitecido e ele não havia retornado.
Perante o pedido de ajuda, alguns vizinhos se reuniram e saíram com seus lampiões e tochas em busca do amigo desaparecido.
Buscaram durante muitas horas na mata próxima, mas nada encontraram.
No dia seguinte saíram novamente para fazer as buscas, só que dessa vez tiveram uma triste surpresa: encontraram o sitiante caído na mata, morto, e de uma forma estranha.
Seu corpo estava rasgado do pescoço até a cintura e não havia nenhum orgão interno.
Era como se algo ou alguém o tivesse assassinado, aberto o corpo e retirado todos os seus orgãos de uma forma misteriosa.
Aquilo na época foi um escândalo, pois não haviam casos de assassinatos na região, pois todos eram conhecidos.
O máximo que acontecia eram alguns roubos de galinhas e peças de roupas em algum varal, nada a mais do que isso.
Então foi chamada a força policial da cidade mais próxima, a qual fez uma varredura no local e alguma investigação, mas não se chegou à nenhuma conclusão, pois com os precários recursos da época, nem chegaram a identificar o tipo de arma ou objeto que havia matado o tal homem.
Feito o enterro, ficou o mistério no ar, e o medo pairando sobre os moradores do vilarejo, mas a vida continuou no seu rítimo.
Algumas semanas depois desse intrigante fato, outro morador desapareceu misteriosamente, o qual disse que iria até uma cachoeira que existia nas imediações. Também não retornou para casa até o anoitecer.
Da mesma forma como foi feito antes, mas com mais medo e cautela, um grupo saiu para as buscas, mas também nada foi encontrado durante a noite.
No dia seguinte continuaram as buscas, e à um certa distância após a cachoeira, foi encontrado também o corpo do morador, morto e dessa vez todo estraçalhado, como se tivesse uma fera o atacado, e como antes, também não haviam orgãos internos em seu corpo.
Esse fato gerou um pânico geral no vilarejo, pois já era a segunda pessoa à morrer de forma brutal e misteriosa na região, coisa que nunca aconteceu antes.
Novamente foi chamada a força policial, a qual da mesma forma que antes, fez uma investigação, interrogatórios, mas nada resolveu, dizendo que talvez fosse algum animal selvagem que tivesse matado o morador e devorado seus orgãos internos.
Ninguém acreditou nisso, pois não era possível que o mesmo animal tivesse matado as duas pessoas de forma semelhante, e também tivesse devorado por completo todos os orgãos internos. E o restante dos corpos, porque também não foram devorados?
nenhum animal faria isso. Ou devoraria tudo ou não somente partes internas.
Passado mais uma semana foi a vez de um jovem desaparecer da mesma forma.
Ele havia dito que iria pescar nas proximidades, mesmo com o aviso dos pais sobre o perigo existente, e não retornou.
Da mesma forma que os demais, seu corpo também foi encontrado nas margens do rio, mas decaptado, tórax rasgado e sem os orgãos internos.
O Pânico que já existia no local, a partir desse novo assassinato, virou histeria geral. Todos clamavam por justiça e pela solução do problema.
No vilarejo havia uma senhora, meio cigana, meio vidente, a qual disse que aquilo não era obra dos homens e nem de animais, e que sim era obra de algo que as pessoas não conheciam.
Essa notícia passou de morador para morador, e todos ficaram mais apavorados do que antes, e não sabiam o que fazer.
Até que um dia um morador mais antigo resolveu criar um grupo de homens para "caçar" o animal ou o que seria o responsável pelos assassinatos.
Então um grupo com 5 homens resolveu sair para fazer uma varredura na mata.
Com medo de que fosse algo sobrenatural, pediram para a senhora que era vidente os acompanhar, imaginando que com ela no grupo pudesse haver mais "proteção", devido ao seu dom de clarividência.
Para acompanhar a senhora, sua neta também resolveu ir junto para amapará-la, caso fosse necessário.
Então na manhã do outro dia, partiram os 5 homens, todos armados com revolveres e rifles, a senhora que era vidente e sua neta em busca daquilo que seria o responsável por todos aqueles crimes.
[O relato a seguir, como toda descrição da busca e dos demais acontecimentos foi passada pelas duas mulheres que restaram do grupo]:
Segundo se conta, eles andaram por quase o dia todo vasculhando a floresta em busca de pistas, até que encontraram estranhas pegadas, que segundo disseram, não eram de homem e também não eram de animais conhecidos, e mesmo assustados, seguiram procurando.
O que virá a seguir foi algo aterrorizante, deixando algumas pessoas transtornadas mentalmente!
Passados alguns quilometros desse último local, todos pararam em uma clareira para descansar e comer um lanche que haviam levado.
Estavam todos exaustos e quase desistindo da busca, pois achavam que nada encontrariam.
Segundo uma das sobreviventes contou, foi nesse momento que ouviram um ruído na mata, como se fosse algo se aproximando.
Todos ficaram assustados, e os homens prepararam suas armas, não sabendo o que poderia ser.
Foi quando "algo" começou a correr em volta deles em círculo pela mata, e em alta velocidade.
Todos viram as folhas das árvores e plantas se mexendo e o barulho de algo se movendo rapidamente rodeando todos, mas ninguém via o que era.
Até que em um determinado instante surgiu da mata em alta velocidade, uma criatura alta, com corpo coberto de escamas, de cor acizentada, com muitos dentes enormes, garras afiadas em suas "mãos", e com olhos avermelhados.
A criatura pulou e desceu junto aos homens do grupo, girou rapidamente e de uma forma muito rápida foi matando um a um os homens do grupo.
Todos os 5 foram exterminados de forma brutal, tendo seus corpos rasgados, dilacerados e dois, decaptados.
Após o extermínio geral dos homens a criatura soltou um "urro" e se dirigiu para as duas mulhes que estavam caídas no chão em estado de choque.
Quando elas pensaram que seria o fim, se espantaram quando a criatura as olhou, como examinando da cabeça aos pés, parando, e em seguida se afastando em alta velocidade mata a dentro, desaparecendo.
A senhora que era a vidente e sua neta então, após se recuperarem um pouco do choque, retornaram ao vilarejo, contando para os moradores do vilarejo os detalhes do que aconteceu. Mesmo elas, não acreditavam no que havia acontecido.
Indagada sobre o que era aquela criatura, ela disse que era "El Diablo" (O Diabo), mas como a criatura só matou os homens e poupou as mulheres, ela foi chamada pela população local de "El Cazador de Hombres" (O Caçador de Homens).
Depois daquele massacre, a polícia enviou uma guarnição completa ao vilarejo.
A floresta foi vasculhada por toda a região, mas mais nada foi encontrado.
Passadas mais ou menos duas semanas do acontecido, mais um morador foi encontrado morto da mesma forma.
Um mês depois desse último caso, um casal estava se deslocando em uma estrada para a cidade de Ocosingo, quando foi atacada pela criatura.
A mulher disse que em certo ponto, quando a floresta em volta era mais densa, a criatura sugiu e saltou sobre a carroça e arremessou seu marido ao chão, pulando sobre ele, e lhe rasgando o o corpo com suas garras.
Em seguida, do mesmo modo que antes, a criatura se aproximou da mulher, a examinou de cima até embaixo, e nada fez contra ela, se afastando dali em alta velocidade mata a dentro.
Depois desse último assassinato, nada mais aconteceu, mas também nada foi encontrado ou o mistério solucionado.
Todos ficaram apavorados e não saíam mais sozinhos de casa.
E o mistério ficou para sempre.
Meu avô contou que seu avô garatia que tudo foi verídico, pois ele mesmo viu os corpos dos homens mortos, quando chegaram no vilarejo, e era uma coisa horrível.
Embora após a última morte, nada mais tenha acontecido, ficaram muitas dúvidas em todos do vilarejo!
O que era aquilo? De onde veio? O que desejava? Porque só matava homens e porque os matava?
Teria alguma relação com a luz misteriosa que foi vista tempos atrás, antes dos acontecimentos?
E talvez o mais intrigante: Para onde a criatura foi, e será que retornaria um dia, mesmo que em outro local?
Esse foi um mistério que o avô do meu avô presenciou em sua vida, e foi tão marcante e chocante que ele contou para seu neto, que passou para os seus descendentes, chegando até mim, que estou publicando nesse site.
Peço para que não tentem me contactar, pois não quero mais falar publicamente desse assunto, sendo o que sei exposto aqui.
Nada mais sei além disso. Mais detalhes somente com quem presenciou os fatos, os quais já partiram desse mundo à muitos e muitos anos atrás.
Para quem não acredita, fique em paz, e quando souber que algo estranho está acontecendo em alguma floresta, vá até lá para verificar o que pode ser pessoalmente, mas antes lembre-se que essa poderá ser sua última viagem.
Uma coisa aprendi com meu pai e avô, bem como com meus antepassados:
"Nunca duvide do que pode existir no universo, por mais incrível e extraordinário que possa parecer, pois um dia você poderá presenciar algo que mudará sua vida para sempre".
Obrigado por lerem e publicarem esse impressionante relato de minha família.
|
Pablo Theodoro Velasquez - Rio de Janeiro
RJ - Brasil
|
|